O projeto Elogio Ao Frágil se configura como espetáculo Multi-Artístico fruto de um conjunto de ações voltadas para a questão da fragilidade. Em sentido amplo, o objetivo é enfatizar a necessidade de nos relacionarmos sem subterfúgios com o aspecto frágil da nossa condição humana, como possibilidade de ampliar a sensibilidade, a capacidade de empatia e de potencializar ao máximo cada instante vivido. Reconhecer a impermanência e fugacidade da vida e a vulnerabilidade diante do que nos ultrapassa não significa disseminar a tristeza e o desalento. Ao contrário, significa afirmar o momento presente como algo a ser experienciado com alegria, fazendo do reconhecimento da fragilidade uma força. Não uma força em termos absolutos, não a força como possibilidade de controle (poder), mas uma força precária (em potência).
Tomando, assim, a questão da fragilidade como mote, este projeto visa discuti-la por meio das oficinas de Acolhimento da Fragilidade, publicação de um acervo de relatos sobre fragilidades bem como visa materializar tal questão esteticamente por meio de um espetáculo multi-artístico, envolvendo uma instalação de artes visuais baseada na pesquisa da fragilidade dos materiais, concebida pela artista visual e curadora Célia Barros, a Orquestra de Objetos Desinventados com regência de Pax Bittar, amalgamado com elementos cênicos (uma atriz e dois bailarinos), com supervisão cênica e dramaturgia-roteiro de Marcus Groza; o processo de criação vai tomar como base os relatos sobre a fragilidade do acervo proposto.
O projeto ELOGIO AO FRÁGIL é contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura, gerenciado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo. O FMC é voltado ao financiamento de projetos de fomento, produção, pesquisa, formação, difusão e o estímulo de produções artísticas e culturais em São José dos Campos.